BROMELIACEAE

Canistrum triangulare L.B.Sm. & Reitz

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Tainan Messina. 2012. Canistrum triangulare (BROMELIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

2.505,671 Km2

AOO:

52,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é considerada endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente na região serrana do Estado do Espirito Santo (Leme, 1997; Forzza et al., 2012). Maior altitude registrada é de 800 m (Leme, 1997).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Canistrum triangulare</i> é endêmica do Brasil e ocorre exclusivamente na região serrana do Estadodo Espírito Santo. A espécie tem distribuição restrita (EOO=2.154,52 km²) e está sujeita ao declínio contínuo na qualidade de hábitat. A região tem extensas áreas de plantações de café, entre outras atividades agrícolas que afetam a integridade dos remanescentes de vegetação nativa. Foram identificadas quatro situações de ameaça distintas. Dessa forma, a espécie foi classificada como "Emperigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Táxon de fácil identificação, mesmo quando estéril. Possui lâminas foliares estreitamente triangulares, providas de longos espinhos, de coloração quase negra. Tem afinidade floral com Canistrum fosterianum L.B. Sm., onde ambas apresentam inflorescência em forma de taça bem constituída (Leme, 1997).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: A espécie é considerada "Rara" de acordo com os critérios de raridade adotados por Giulietti et al. (2009). Possuí subpopulações nos municípios da região serrana central do Estado do Espirito Santo, como Conceição do Castelo, Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins e Santa Tereza. Têm ocorrência suspeita na região do Parque Estadual da Pedra da Pedra Azul, porém não foi oficialmente registrado na área (Leme, 1997).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: A espécie é exclusivamente epífita, apresentando traços heliofíticos. Habita o estrato médio-superior de Mata Atlântica úmida de encosta. Marca o limite sul de ocorrência do gênero Canistrum (Leme, 1997; Forzza et al., 2012). Leme (1997) atenta para o fato desta espécie possivelmente habitar as montanhas próximas ao mar com fragmentos bem conservados de matas nebulares no Estado da Bahia, já que essas áreas possuem características ecológicas semelhantes. Este fato ainda não foi confirmado (Leme, 1997).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Os remanescentes de no Estado do Espírito Santo, correspondem a 11,07% da distribuição original do Bioma no Estado (SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie têm ocorrência em uma unidade de conservação (SNUC) sob administração conjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), IPHAN e Sociedade dos Amigos do Museu Nacional, a Estação Biológica Santa Lúcia. Suspeita-se que ocorra no Parque Estadual da Pedra Azul, porém este registro nunca foi oficializado (Leme, 1997; Varassin, 2002).
Ação Situação
5.7.1 Captive breeding/Artificial propagation on going
C. triangulare está bem representada em coleções vivas no Brasil e no exterior, por pelo menos três clones com procedência (Leme, 1997).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie não consta na Lista Oficial de Espécies Ameaçadas, entretanto foi considerada "Vulnerável" (VU) por Simonelli; Fraga (2007) na avaliação estadual de espécies ameaçadas.